quinta-feira, 31 de julho de 2014

Da minha janela, vejo uma luz ...

Quero muito fazer um carimbo legal de um disco voador. Já fiz vários testes. Hoje cheguei em um novo formato e testei neste pano na foto abaixo.
Enquanto trabalho,  na cabeça fica a música da Rita Lee:

Da minha janela vejo uma luz
Brilhando no céu da terra
É azul, é azul
Não é avião, não é estrela
Aquela é a luz de um disco voador
Disco voador

Pano secando ao sol, no gramado.

sábado, 26 de julho de 2014

Bolsa nova, com disco voador.


mãe costureira e filha cozinheira...

Fiz para Lila este avental, cheio de peixinhos...




quinta-feira, 24 de julho de 2014

Machado de Assis e a costura ...

Vejam que divertido este conto de Machado de Assis, que cria um diálogo entre uma agulha e um novelo de linha.


Um Apólogo
Machado de Assis

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora?  A senhora não é alfinete, é agulha.  Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa!  Porque coso.  Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você?  Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.  Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?  Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?  Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: 
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. 
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.

Disco voador

Fiz este novo carimbo com formato de disco voador.



Almofada em forma de cachorro...

A Luisa adora cachorro e já havia feito um chaveiro com o formato do Fox Terrier. Agora ela fez uma almofada com o formato do cachorrinho. Ele tem coleira e tudo !



sexta-feira, 18 de julho de 2014

Cartaz novo ...

Fiz um novo cartaz para divulgar o atelier. Medi errado a margem e resolvi completar a borda com canetinha azul...  sem problema, estimulo para fazer outro...




terça-feira, 15 de julho de 2014

Nova estampa

Estou testando uma nova borracha para fazer carimbo, costumo usar o EVA, mas é muito fino. Desta vez usei um emborrachado grosso, é mais dificil de cortar...
O carimbo ficou tosco, mas o resultado ficou bem razoável. É uma laranja aberta, dá para ver ?


segunda-feira, 14 de julho de 2014

Para guardar Long Plays (L.P.s)

Dos trabalhos que fiz para o DECORA, a cortina para vinil foi a que mais deu ibope. A Bel criou esta excelente solução para guardar L.P.s . Também tenho muitos L.P.s antigos, que escuto com prazer,  fiz esta cortina, mais curtinha, e pendurei em meu atelier.


segunda-feira, 7 de julho de 2014

Curso livre de costura


Muitas pessoas procuram o atelier querendo fazer roupas, mas este não é o foco do atelier. Uma boa modelagem é difícil e não arrisco ensinar a arte de fazer roupas. Acho que é coisa de gente grande e é necessário dedicação e muito estudo. Posso ajudar, orientar e pesquisar junto com o aluno como chegar em determinado modelo (simples), mas não sou modelista. Quando decidi abrir o atelier para que outras pessoas viessem costurar a ideia era oferecer um local agradável de encontro e conversas divertidas onde se aprende a costurar coisas para si próprio, para casa, para filhos e amigos. Adoro costurar e estou sempre com projetos novos ou desenvolvendo projetos antigos. Também ajudo a criar soluções para amigos e clientes que me procuram para resolver determinadas questões. Minha irmã, na Bahia, volta e meia me pede para criar algo para as aulas de ingles que ela dá para crianças. Também resolvo coisas para minha filha e invento presentes para amigas e amigos. O mundo dos tecidos é infinito em possibilidades ! Mas, gosto de pontuar, que aqui não se aprende apenas a costurar. Desenvolver uma ideia no papel, fazer o molde, riscar o tecido, cortar, alfinetar, organizar cada etapa para não errar o corte nem costurar errado, vai treinando a atenção e o raciocínio da pessoa, seja ela de qualquer idade. Deixar o atelier sempre arrumado para a próxima pessoa também faz parte da dinâmica da costura.
Enfim, este é o vasto universo divertido dos tecidos e costura !